sábado, 24 de abril de 2010

A força do povo

Maquiavel chama de governo civil aquele no qual o governante chega ao poder pelo favor dos seus concidadãos. Para isso, não depende inteiramente do valor ou da sorte, mas do que denomina "astúcia afortunada", que consiste em conquistar o apoio da opinião popular ou da aristocracia. No governo civil  existe o príncipe, que é o governante. O povo, que é sempre o povo. E a aristocracia, a nobreza dos grandes, dos poderosos, que dispõem de riqueza e prestígio mas não têm o execício direto do mando do Estado. Estes estão sempre em busca de transformar seu poder potencial em comando efetivo. O povo,  por seu lado, deseja sempre evitar a pressão dos poderosos. O governo, nesses casos, e sempre constituído pelo povo ou pelos grandes, num processo dialético de disputa e equilibrio: quando os ricos percebem que não podem resistir, à pressão da massa, unem-se, prestigiando um dos seus e fazendo-o príncipe, de modo a poder perseguir seus propósitos à sombra da autoridade soberana. O povo, por outro lado, quando não podem resistir aos ricos, procuram exaltar e criar um príncepe dentre os seus que o proteja com sua autoridade.[...]
 (Trecho da obra o príncipe, Maquiavel)
BEM, QUEM SERÁ O PROXIMO?

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